O sábado trouxe o aconchego da
família desta vez na nossa casa.
Esbanjou, encheu e preencheu de brilhos
em formas de sorrisos a pintalgar em ritmo de sembas todas as paredes, que deixaram
as marcas que me vão bastar e fazer a conversa de todos os mugimos que surgirem
até ao próximo encontro.
O telhado ficou baixinho a
acariciar-nos as cabeças feito protetor e pai gerador do quente da barriga
daquela sala que cresceu para acolher todos e alargou as ancas para fazer até
quintal de todo o resto da casa onde corriam os candengues, já vindos dos mais
novos da última linha.
Estávamos de novo a partilhar as
últimas.
O filho que regressou, a mana que
se espalhou, a sobrinha que alcançou.
- Podem mesmo abrir os sorrisos
sim, é por graça mesmo, mas vou traduzir;
O filho não aguentou a distância
e atirou-se para os braços do incerto na firmeza da coragem que determina a
certeza rodeada dos afetos lhe fará superar a dureza da distância.
Isso mesmo!
A mana apanhou piso molhado e
levou um susto daqueles que lhe fez esconder o episódio mais de uma semana, que
lhe revirou o carro, e lhe fez ver de repente o mundo virado ao contrário,
ainda para acrescentar que estava com o bebé e a cena tomava assim proporções
de gelar os trópicos.
- Assim resolveu só contar agora,
para não preocupar.
A sobrinha alcançou, já tínhamos
mesmo brindado, só que agora, com as costuras a já não aguentar o tamanho, do
mais novo anunciado, foi de novo motivo de alegria e de renovação de brindes a
cada instante de só olhar.
- Eram os momentos do saber da
continuidade!
A falta de alguns, justificada
pelos motivos que só davam alegrias aos restantes, fazia assim deles igualmente
presentes.
O almoço era reconforto, bagre
trazido do sul a aquecer a mesa, pipis bem apurados, calulú acanhado um pouco
mal sucedido no olhar de que se habitua a vê-lo instalado a nos grandes tachos
costumeiros que agora não podiam estar.
O remate estava nos doces de cada
especialista que sabe de cor a matéria de que são feitos os gostos de cada um.
O resto era o não caber de alegria
e do prazer da comunhão
Sábado de família, desta vez o
telhado quente a acariciar as nossas cabeças nestes nossos momentos, certos do
calor do legado que preservamos.