madrugar

Vou madrugar
E calçar as nuvens macias que aconchegam o céu
Caminhar em silêncio no caminho das palavras
Bordadas em fios finos de luz nos desenhos do destino que tracei
No cântico morno que me adorna o corpo

Vou madrugar
E beber de novo a brisa
Apoiar os cotovelos no beiral dos sonhos
Afagar o sufoco
Alimentar o torpor do corpo, mimar a alma
Resgatar o meu império, meu alimento, a poesia
Nascer de novo com o dia

Vou madrugar e parir um novo dia

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