carroucel da manhã com o titito

Ontem andámos num verdadeiro carrocel logo de manhãzinha.
É.
Não deixámos nada por fazer, mas que foi complicado, foi!
Já foi motivo de muita conversa mas sabes como foi.
Ainda não sei se me desculpas por ter tudo avariado logo de manhã…
Mas eu acredito mesmo do fundo do meu coração e os teus olhos chegam lá
com o brilho com que o iluminas, que na verdade até achas que eu não tive nada a ver com isso.
Sim. Lembras-te bem como foi?
Acho que já estava na casa de banho, sim foi assim.
E como sempre dás-te conta e vais dizer-me bom dia.
Depois como habitual vais para a sala.
E logo ali no teu olá achei estranho o teu olhar de incompreensão para o lusco fusco a que não estavas habituado.
E já na sala não entendeste mesmo nada.
Avó, e os bonecos, apontaste a televisão?
Não dá meu amor…
Avó e a luz?
Também não dá.
Avó, o que é isto? e olhaste estranhando a vela acesa na mesinha de apoio.
Posso soprar vó?
Não, não não faças isso, acerquei-me logo, meia vestida, a tentar explicar a situação.
Ainda mais espantado ficaste. Afinal não era para soprar…
E os bonecos, vó? Retorquíste olhando de novo o pequeno ecran.
Bem, aí foi quando eu comecei a dizer que estava tudo avariado. Assim já me ias entender.
Neto, está estragado…
Avó, quero Nestum lembraste-me tu o teu estômagosinho já a dar horas.
E não havia forma.
Lá vim com leite de pacote que te desagradou profundamente.
A papa é o habitual… Então avó e pãozinho quentinho? Que é a torrada que tanto gostas. Sempre ia remediar…
Até eu vacilei, até perceber que também não era possível… Não pode ser meu neto, também não dá…
Aí foram-se seguindo todas as questões da luz da escada que és tu meu amor que já acendes em bico de pés, colaborante nas pequenas tarefas de rotina matinal, o fecho da porta da rua….
Tudo avariado…
Contrafeito lá me acompanhaste à paragem de autocarro.
Hoje acordámos sem luz e aqui ainda não usamos gerador…