vida

vida vivida em saltos de fé
de purgas de dores e mortes de amores
vingando teimosa em troca de cores
pintar na empresa um destino de pé
Entrar na dança em contra corrente
espada em riste e golpes em frente
estrada, cruzada, no espaço gigante
da louca viagem levada adiante
torcendo o destino dizendo sou gente
corrida sentida em jeitos de fé
corrida vivida em gestos de fé

entrar no jogo

vou querer entrar no jogo, vou a pé
vou correr descalça campos fora, tenho fé
vou esgotar fôlegos de prazer
num jogo de cintura
vou entrar na dança, travar o jogo da vida
na sangria do gozo dum pleno querer
e estar à altura
Vou fintar o destino com sorriso rasgado
jogos de pés, andar requebrado e vontade de ser
vou querer entrar de novo no jogo,estou de pé.

vesti-me de festim

vesti-me no hábito longo da espera
mirei-me e decidi aprender a tecê-lo

ao invés do pesado tecido de angústias
teci-o da mais macia e delicada seda
num exercício de esmero costurado de zelo
inventei contornos de penas em enlaços de fortuna

vesti-me do hábito longo de esperas de vitórias
a a veste áspera e fria tornei doce e quente de glórias

vesti-me de festim

quero-me na dianteira

acordo-me com vontade de me ver, primeira
quero-me na dianteira
e cumpro-me prometida de um só lugar,o primeiro
quero-me firme de mim por inteiro
então seguro-me certa de me querer inteira
e firmo-me de ver-me então e sempre, primeira
quero-me na dianteira