No sossego da noite longa da saudade
A brisa leve e fresca invade o meu luar
E o morno lento dum aconchego de verdade
Traz-me de novo e me acolhe devagar
De mansinho, encontro o espaço de pertença
Percorro os meus recantos docemente
Fecho os olhos e dedilho longamente
os acordes que preenchem a minha crença
A doce e calma espera de me ter
Liberta o fado feitiço da vontade
E força a força de me ver
Na escolha deste espaço de verdade
E desata em mim a força de vingar
Desarma enfim a forma de ficar
Acorda em mim a sede de existir
Avança enfim a escolha de partir
Deslizo pelo manto escuro que fiz meu
Sabe-me bem o sossego longo que sou eu
Na forma de habitar neste espaço de vazio
Feita força bruta em que me crio
Espero por mim esta noite
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário