No serão

Vou,
Vou refugiar-me no quente do teu abraço,
Levar-te o cheiro a caju que me tomaste,
Erguer a palmeira entoando hinos ao amor.

Seguir o trilho da fé com a força de peregrino
Devolver-te o elixir feito terra vermelha.
Seguir-te kimbanda, e perder-me nas histórias de mim,
Feitas terras, fogo, alma, dor, saudade, luxúria, amor.

Soltar as garras mansas no teu leito
Onde ainda guardas calemas, chanas, anharas, matas e rios
Onde habitam fantasmas, espíritos, antepassados
Tomar-te enfim.