Novas memórias roubadas dos pedaços

Novas memórias.
De vida, de uma nova vida prenhe de doces recados
de cheiros e calores de encontros
de futuros de passado vividos neste presente
embrulhadinho em papel de ceda
que trago e cuido com desvelo
numa vigília constante como se pudesse
como se quisesse como se devesse e me atrevesse
ou pudesse evitar as sombras.

Este futuro que traz consigo o império
de pilares feitos gente que me ergueu
a família feita de novos a aprender caminho
de mais velhos a deixar testemunho
de minúsculos polegarzinhos a testemunhar herança feita festa,
entre parentes que se pode juntar
no momento que se faz sempre do hoje,
em paredes que alargaram, na sala que invadiu a varanda onde móveis que se comprimiram, em jeitos de força, vindos da força de laços,
num milagre para transformar o andar no quintal
deste futuro feito o meu império.