segredos

Ontem experimentámos juntos o sabor de uma amarga memória.
Convidei-te a ver horror que provaste pela primeira vez.
Foi mesmo dessa forma que to anunciei meu filho.
Tinha que partilhar disse-te.
Carregava-o comigo desde tão cedo
que a pele da minha alma se me envelheceu ainda no corpo de criança.
Assim surgiram as sombras
que teimo pintar de verdes prados, corroer de luz e tintas tantas
que mesmo que se me tolde a vista, vazem os olhos e tolham os membros
que seguram a ponte que nos une neste espaço de vida
não largarei, não deixarei que a tela de futuro se nos escape.

Sem comentários: